GP do Bahrein

abril 9, 2008

 

 

Após duas semanas de intensa pressão, seria natural que a reação de Felipe Massa ao vencer o GP do Bahrein, disputado no último domingo fosse do mais puro e sincero desabafo. Porém, o brasileiro comemorou discretamente, de forma contida e fria e isso contagiou até o “Tema da Vitória” da Rede Globo, que tocou em volume mais baixo que o habitual.

Porém ao vencer de forma categoricamente, sendo muito mais rápido em todo o final de semana e sem qualquer erro, Massa passou um sinal claro em sua discreta comemoração. Sua resposta não será apenas no Bahrein e sim durante todo o campeonato. Ao ser rápido e eficiente Massa deixou claro que se controlar os seus nervos, pode muito bem deixar de ser o piloto de vitórias esporádicas e sim um candidato real ao título.

 

10 mais

 

1-     Felipe Massa: Perfeito, muito mais rápido nos treinos, largou muito bem e dominou a corrida como quis. Finalmente estreou no campeonato.

2-     Robert Kubica: Mesmo com Massa sendo muito mais rápido, arrancou a sua primeira Pole na categoria. Mesmo largando mal, acompanhou o ritmo das Ferrari.

3-     Kimi Raikkonen: Não se achou durante o final de semana. Porém, chegou em segundo e se tornou líder do campeonato.

4-     Jarno Trulli: Mais uma vez rápido e consistente, arrumou mais pontos valiosos para a Toyota.

5-     Nick Heidfeld: Compensou uma má qualificação com uma prova muito boa. É o vice-líder do campeonato.

6-     Hekki Kovalainen: Prova burocrática, não conseguiu ir além do 5º posto. Já está empatado com Hamilton na classificação.

7-     Giancarlo Fisichella: Com o fraco carro da Force Índia se manteve seguro a frente de Barrichello e depois travou um bom duelo com Hamilton.

8-     Mark Webber: Vem se mostrando um piloto com um pouco mais de ritmo de corrida nessa temporada.

9-     Nico Rosberg: Bem na classificação, sumiu na corrida.

10- Timo Glock: Finalmente fez uma boa corrida no seu retorno a F1. Ainda sofre para acompanhar Trulli.

GP da Malásia

março 29, 2008

1275606.jpg

Felipe Massa é um piloto rápido, disso poucos discordam. Também não existem muitas dúvidas em relação à falta de constância do brasileiro. Seus inúmeros erros o alijaram da disputa no ano passado e parece que a situação se repetirá em 2008. A não ser quando lidera, Massa dificilmente repete a velocidade dos treinos nas corridas e é isso que o fez perder a posição para Raikkonen na parada de pit para o GP da Malásia. Se na classificação o brasileiro foi soberano, colocando quase meio segundo sobre o seu companheiro de Ferrari, na corrida à situação mudou. Com um ritmo e constancia de voltas maiores, Kimi soube cozinhar a liderança de Massa e com apenas duas voltas rápidas antes do pit, roubou a liderança do seu companheiro e colocou uma boa vantagem. Esse fato claramente desestabilizou o brasileiro, fazendo-o andar acima do limite do carro e errando tolamente, arruinando sua corrida e fazendo aumentar as especulações em torno de seu futuro na Ferrari. Enquanto Massa não souber dosar o seu talento, dificilmente ele lutará por um título mundial.

 

10 mais

 

1-     Kimi Raikkonen: Rápido quando necessário, venceu a prova e talvez seja o grande favorito ao título de 2008.

2-     Robert Kubica: Dessa vez aproveitou a bela classificação e conseguiu o segundo podium da carreira. Será um adversário duro na temporada.

3-     Jarno Trulli: Mostra que a Toyota está em muito melhor condição que na temporada passada, firme, rápido e constante na corrida.

4-     Mark Webber: Com carro claramente inferior, segurou Hamilton durante boa parte da corrida.

5-     Heikki Kovalainen: Primeiro podium na McLaren. Prejudicado pela punição no treino, se recuperou bem na corrida e foi sempre mais rápido que Hamilton.

6-     Nick Heidfeld: Lindíssima ultrapassagem dupla sobre Alonso e Coulthard, se não fosse pela má largada poderia ter chegado ao podium.

7-     Alonso: Anda mais que o carro, e isso sem o TC tornará o espanhol um espetáculo a parte nessa temporada.

8-     Felipe Massa: Apenas pela sua pole soberana.

9-     Lewis Hamilton: Brilhante na Austrália, apagado na Malásia.

10-  Jenson Button: Andou o que pode com a Honda, como ninguém quebrou, não teve chance de pontuar.

GP da Austrália

março 19, 2008

1273935.jpg

O que mais me chamou a atenção na boa corrida de abertura da temporada 2008 da F1 não foram as novas regras e sim os artifícios extra-pista(leia-se Safety Car) que tornam a disputa mais emocionante e com maiores alternativas.

Excetuando-se a largada, a prova australiana caminhava sem grandes emoções até o acidente entre David Coulthard e Felipe Massa. Com a entrada do SC, as cartas foram embaralhadas assim como a cabeça dos estrategistas da Ferrari que não chamaram Kimi Raikkonen para os pits e praticamente selaram as chances de podium para o campeão do mundo de 2007, após bela corrida de recuperação.

O carro de serviço mostrou-se novamente necessário após o acidente de Timo Glock e com a regra de Pit Fechado até determinado momento, a prova de Rubens Barrichello(ele entrou com os pits fechados e saiu com a luz vermelha acesa, causando a sua desclassificação) e Heikke Kovalainen(que vinha confortavelmente em segundo mas foi relegado ao funo do pelotão pelo fato de ter sido um dos únicos pilotos a fazer o pit-stop em bandeira amarela) foram destruídas.

A rigor mesmo, a falta de auxílios eletrônicos só fizeram a diferença no erro bobo de Felipe Massa na largada. O que deixou a corrida interessante foram dois fatos: As entradas do Safety-Car e as inúmeras quebras, apenas 7 carros receberam a bandeira quadriculada, desde 2005 não se via tão poucos carros chegando ao final. Porém, aquela corrida foi marcada pela desistência dos pilotos que corriam com pneu Michellin, alegando falta de segurança. Com todos os carros na pista, desde o GP da Espanha de 96 não chegavam tão poucos, 8 na ocasião. Em pista seca, desde a Austrália em 1995 o número de abandonos não era tão elevado. Claro, com tantos acontecimentos poucos se lembram do vencedor da corrida de domingo, que foi Lewis Hamilton.

10 mais:

1- Lewis Hamilton: Numa prova tão confusa, dominou sem sustos. Aliás, se tem prova confusa, Hamilton ganha com facilidade. Foi assim no Canadá e no Japão no ano passado.

2-Sebastien Bourdais: Usou sua experiência com bandeiras amarelas nas corridas americanas e fez uma grande estréia, chegando a andar no 4º lugar, segurando com autoridade Alonso e Kovalainen. Porém o motor o traiu e o francês abandonou. Como consolo, ganhou 2 pontos por ter sido classificado em 7º lugar.

3-Rubens Barrichello: Andou bem rápido e consistente. Aí a Honda o chamou para a troca de pneu com o pit fechado e tudo foi para o lixo. Mas com o carro que tem, foi bom demais.

4- Fernando Alonso: Carregou a Renault nas costas, deu lindas derrapadas e chegou no 4º lugar.

5-Nick Heidfeld: Sempre discreto e eficiente conseguiu a 2º colocação.

6-Nico Rosberg: Primeiro podium da carreira, confirmou o bom desempenho da Williams na pré-temporada.

7-Heikke Kovalainen: Fazia uma bela estréia pela McLaren até ser atrapalhado pela última entrada do Safety Car que o relegou ao 5º posto.

8- Robert Kubica: Espetacular volta de classificação, corrida razoável até ser atropelado por Nakajima.

9-Jarno Trulli: Boa classificação e andava confortavelmente em 6º até o carro quebrar.

10-Sebastian Vettel: Levou a Toro Rosso a super-pole. Largou mal e ficou na primeira curva.

Xote das meninas Cap.2

janeiro 8, 2008

Angélica sempre foi uma filha exemplar. Muito bem educada, tirava boas notas na escola, tinha boas amizades e nunca se deixou levar por modismos ou arroubos juvenis. Porém, nas últimas semanas seu comportamento mudou. Estava mais arredia, parecia possuir voz própria e suas palavras saiam de forma mais decidida. Fisicamente também mudara. Não queria mais vestidinhos longos, queria usar saias rodadas e biquíni de bolinha, iguais a da Celly Campello. A boneca, sua companheira desde os 3 anos de idade, agora ficava encostada no canto. Angélica passava boa parte do dia na janela, com o olhar perdido à procura de algo que ninguém sabia.

Essa mudança súbita de postura de sua filha mais velha perturbou Gilberto. Ele achava que sua filha podia ter alguma doença, mesmo com Rosa insistindo que era coisa da sua cabeça. Gilberto estava irredutível. Tinha certeza de que sua filha estava doente e decidiu levá-la ao consultório do Doutor Juvenal, médico da família há mais de 20 anos.

Logo na chegada ao consultório, Gilberto relatou os sintomas apresentados pela filha: olhar perdido e distante; comportamento arredio e falta de fome. Doutor Juvenal examinou, examinou e logo proferiu o diagnóstico: “-A menina não está doente. Está apaixonada, isso sim. E para isso, não há remédio na medicina”. A frase do Doutor Juvenal veio acompanhada de uma risada de canto de boca por parte de Angélica e caiu como uma bomba para Gilberto, que agora queria descobrir a qualquer custo quem era o pretendente safado que podia acabar com a vida de sua adorável e pura filha…

Xote das Meninas – Cap.1

dezembro 19, 2007

Rio de Janeiro, mês de outubro de 1958. O Brasil vive uma época de progresso. O governo JK com o seu slogan “50 anos em 5” é um sucesso, a construção de Brasília vai de vento e popa. No esporte, a seleção brasileira acabara de ser campeã mundial de futebol, com Pelé e Garrincha encantando o mundo. Na música, a Bossa Nova é a realidade, com “Chega de Saudade”, de João Gilberto, tocando nas rádios, sem contar que temos no exterior o Rei do Rock, Elvis Presley.

É nesse cenário de tranqüilidade que vive Gilberto, um homem que leva uma vida tranqüila e feliz com a família. Gilberto tem 45 anos, possui um excelente emprego no Banco do Brasil, é gerente de uma das agências do Rio de Janeiro, é muito bem casado com Rosa – sua primeira namorada, tem duas filhas – Angélica, de 16 anos, e Joana de 13 – e ainda possui uma boa casa no tradicional bairro da Tijuca.

Gilberto teve uma educação conservadora, estudou em colégios religiosos e tem uma visão meio restrita da vida. Não permite que sua mulher trabalhe, para ele, o homem que deve provir o sustento da casa. Suas filhas são como pequenas jóias, elas estão acima de tudo e Gilberto toma um cuidado especial com elas. Logo, é natural que ele possua um enorme ciúme por elas. Justamente por isso, Gilberto andava preocupado com sua filha mais velha, Angélica, ela apresentava um comportamento muito estranho nas últimas semanas…

Campeão do Mundo

dezembro 13, 2007

13 de dezembro de 1981. Há exatos 26 anos o mundo conhecia uma equipe de futebol que encantava o Brasil. O Flamengo, capitaneado por Zico, batia o Liverpool e se sagrava campeão mundial de clubes. Um show de futebol, talvez o maior em finais de mundial. A seleção brasileira também foi campeã com goleada categóricas, em 1958 5 x 2 na Suécia e em 1970 4 x 1 na Itália. Mas vale lembrar que nesses jogos o time canarinho passou por alguns sustos. Contra a Suécia chegou a estar perdendo por 1 x 0 e contra a Itália o jogo esteve 1 x 1 até os 20 minutos do segundo tempo, com o time italiano tendo algumas chances de virar o marcador. Já o time de Zico não. Foi melhor e vencedor do princípio ao fim, um passeio, o futebol como deve ser jogado e admirado.

Não pense que o Liverpool era um time fraco na época, daqueles que ganhou o campeonato europeu por acaso e caiu de pára-quedas na final do mundial. Muito pelo contrário, o time inglês exercia um domínio no continente europeu na final da década de 70, início dos anos 80. Mas para o Flamengo isso poderia ser ignorado, como foi.

Raúl, Leandro, Mozer, Marinho e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Lico, Tita e Nunes. Atualmente é dessa forma que se lê a escalação do Flamengo campeão mundial. Logo, os analistas do futebol moderno comentam que um time com 3 atacantes e 2 laterais que apóiam muito são inviáveis para o futebol moderno. Ledo engano, na verdade, esse time fez parte da vanguarda do futebol e se analisarmos, rapidamente perceberemos que até hoje ele poderia ser uma equipe extremamente moderna. Veja bem, atacante mesmo, apenas Nunes. Lico e Tita compunham de forma eficiente o meio-campo e sempre chegavam ao ataque. Eles também davam o primeiro combate, ainda no campo de ataque, o que ajudava muito a zaga. Nas laterais, Júnior apoiava mais, Leandro, mesmo com uma habilidade espetacular, ficava um pouco mais preso a marcação, era tão bom na zaga quanto no ataque, visto que seu final de carreira foi como zagueiro. Nos dias de hoje os volantes são obrigados a saber jogar para dar qualidade à armação de jogadas? Andrade e Adílio faziam isso com perfeição. E Zico? Pois bem, esse fazia o que queria.

Tirando o Santos de Pelé, qual foi o outro time na história que reunia: 1 matador – Nunes; 6 jogadores com qualidade para estarem na seleção brasileira – Raúl, Marinho, Andrade, Adílio, Lico e Titã; 3 craques – Leandro, Mozer e Júnior e um gênio – Zico? Como não bastasse a qualidade técnica desse time, ela ainda era aliada com a mística e a raça rubro-negra.

Palavras nunca são suficientes para essa equipe. Fiquem com o vídeo do jogo em Tóquio. Parabéns a essa máquina. Há 26 anos a Nação tinha o seu dia mais feliz.

Será?

dezembro 12, 2007

Rafael Sperafico faleceu nesse domingo depois de um estúpido e brutal acidente na etapa de São Paulo da Stock Car Light. Foi a quarta morte da categoria, a terceira envolvendo um piloto, fato que não ocorrida desde a morte de Laércio Justino, em Brasília, 2001. Os fatos que levaram a esse acidente não estarão nesse texto. Tampouco se o carro era seguro ou não. Isso eu deixo para os jornalistas, pilotos, pessoas que tenham muito mais conhecimento de causa do que eu. O que pretendo discutir é como algo de inesperado pode nos afetar.

Quando uma morte, ainda mais de forma estúpida e brutal como ocorreu com Sperafico, eu penso no que a vítima deixou, sua família, amigos, todo um planejamento de vida que foi interrompido sem mais nem menos. Tudo o que podia ser dito ou feito, que seja por um motivo qualquer ele deixou de fazer ou falar agora não tem mais volta.

Será que vale a pena? Será que não é melhor fazer, mesmo que seja errado? Será que não é melhor dizer algo agradável, mesmo que sem importância, do que não falar nunca? Por vezes estamos envolvidos em situações bobas, que acabam deteriorando uma relação.

Talvez o melhor mesmo seria engolirmos o nosso orgulho às vezes e resolver logo. Mesmo que não aconteça o que esperamos. Mais fazer isso é muito mais difícil que falar…

Um abraço pro Bonfá

dezembro 6, 2007

Um abraço no Bonfá

Todos querem dar

Quando ouvem o seu samba passar

Esquecem da tristeza,

Sentem firmeza

E deixam o amor rolar

Além de mandar um abraço pro Bonfá

 

Um abraço no Bonfá

Todos querem dar

Com o seu samba que faz o dia se alegrar

E a bela menina começa a cantar

E vai dar um abraço no Bonfá

 

Esse samba simples

Descomplica a vida

Você vai começar a sambar

Além de gargalhar

Não se esqueça, mande um abraço pro Bonfá

 

 

Tentavia de escrever alguns versos… hahahahah

Letra feita com base na música “Um abraço por Bonfá” do João Gilberto.

Qualquer comentário a respeito da baixa qualidade dos versos será sumariamente apagado!!! hahahaha

Pescaria

dezembro 2, 2007

Era um belo dia de sol. Calor e nenhuma nuvem no céu. Perfeito para uma boa pescaria. Pedro e Miguel, dois homens de sucesso, aposentados recentemente, há cinco e um ano, respectivamente. Longe da agitação de seus respectivos empregos, eles agora adotavam esse calmo esporte como forma de relaxar e cultivar a vida. Nesse dia, como em outros, se encontraram por acaso e conversaram amigavelmente.

Pedro: E aí, compadre??? Tudo bom???

Miguel: Tudo ótimo!!! E com você???

P: Tranqüilidade. Nada como mais um bom dia de pescaria, concorda?

M: Claro, mas… Sei lá… Algo vem me incomodando…

P: O que, compadre??? Pode desabafar… Nossa pescaria é pra isso mesmo.

M: Ah… É o pessoal lá do meu escritório… Andam dizendo que o meu substituto, aquele loirinho pé-de-cana, ta mandando bem, nem sentem muito a minha falta. Sem contar o pessoal da concorrência, tem um metido Don Juan e um neguinho novato, que segundo os boatos que me contaram, estão fazendo com que as pessoas esqueçam tudo o que fiz nos últimos anos… E olha que não foi pouca coisa.

P: Rapaz… Fiquei sabendo… E olha… Também sofro do mesmo mal!

M: Jura compadre???

P: Sim!!! Tem um garoto lá na minha empresa, tal de Rogério. Ele é um bom menino, tem boa índole, mas já andam dizendo que é melhor que eu, alcançou praticamente todos os meus índices de produtividade em menos tempo, e olha que fui considerado o melhor funcionário da história!!!

M: Esse pessoal é muito ingrato, quando estamos em atividade somos reverenciados, mas é só pararmos que eles logo morrem de amores por outros. Mas não é só por isso que estou preocupado.

P: É o que então?

M: É que ainda presto uma consultoria lá pra empresa. Nessa semana me ligaram de lá, chegaram umas máquinas novas, sem alguns elementos tecnológicos, segundo me contaram, a entidade reguladora quer que o trabalho fique mais humano, sem muita ajuda tecnológica, assim o trabalho fica mais humano e os resultados otimizados. Como tenho experiência nessas máquinas, pediram pra eu testá-las. Mas não sei, e se meus resultados forem muito abaixo dos novatos? Minha imagem pode ficar queimada e os novatos fazerem ainda mais piadas com o meu nome.

P: hahaha!!! Que coincidência!!! Também ligaram lá da empresa… Querem que eu trabalhe um dia com esse Rogério, fazer tipo uma comparação de desempenho. Eu aceitei, claro!!!

M: Mas compadre, você não tem medo de passar vergonha?

P: Claro que não!!! Meu amigo, esses mauricinhos estão muito folgados, temos que ir lá e mostrar quem ainda manda e que se não fosse por essa pescaria, ainda estaríamos no comando daquela balbúrdia.

M: Ta aí… Você me convenceu, vou me preparar pra mostrar pra eles quem é quem.

P: Muito bom!! Agora vamos pegar uns peixes porque senti que um Dourado já mordeu a minha isca…

Pete “Pedro” Sampras e Michael “Miguel” Schumacher são considerados os dois maiores atletas da história em suas respectivas modalidades, Tennis e Automobilismo. Nas últimas semanas deram um tempo na aposentadoria para desfilar um pouco da velha categoria, o primeiro na quadra, o segundo nas pistas. Sampras derrotou Roger “Rogério” Federer em um jogo amistoso por dois sets a zero. Schumacher testou a Ferrari sem controle de tração e em seus dois dias de pista foi o mais rápido, na semana seguinte veio ao Brasil participar do Desafio das Estrelas de Kart e ganhou com um pé nas costas. Como diz o velho ditado: “Quem é rei nunca perde a majestade.”

Templo

novembro 27, 2007

fla11.jpg

O lugar é desconfortável. Você passa mais de duas horas em pé. Sentar? Impossível, os bancos geralmente estão imundos ou molhados por cerveja ou algum líquido que deve ser depositado apenas no banheiro. O cheiro é desagradável, os três odores mais sentidos são: maconha, urina e suor. É apertado, tem muito empurrão e se bobear pode apanhar sem saber o motivo, graças à minoria de vândalos que sempre se fazem presentes. O preço pago para usar o lugar não condiz com o serviço oferecido, geralmente e como dito antes muito desrespeitoso com o público. Logo você deve chegar à conclusão de que nada me fará voltar a esse lugar asqueroso. A minha resposta? É claro que voltarei.
O Maracanã é algo místico. Melhor dizendo, o Maracanã em dia de jogo do Flamengo é algo místico. Não tem como explicar de maneira racional, só quem vai tem a dimensão exata do que é esse estádio cheio em dia de grande do rubro-negro. Normalmente se diz que uma pessoa a menos ou a mais não faz diferente. Mas no Maracanã não, na torcida do Flamengo não. Cada pessoa a mais no público faz diferença, um grito a mais, um decibel a mais que somado aos outros 80 mil alucinados que gritam, xingam e empurram esse time como se não houvesse o jogo seguinte, o próximo campeonato. E para o torcedor do Flamengo não há. Queremos a vitória, hoje e sempre.
Essa torcida é viciante, como uma droga. Droga não, porque ela não faz mal, não tem como se sentir mal no meio daquela massa na hora de um gol. Aliás, o gol… É quando toda emoção vem à tona, quando os 80 mil fanáticos entram numa espécie de histeria coletiva, mas sem fazer mal a ninguém.
Ontem o Flamengo garantiu vaga na Libertadores da América de 2008. Pouco para as glórias passadas, mas muito para um time que há anos lutava contra o rebaixamento e que até o começo de agosto era o penúltimo colocado. E posso dizer com orgulho que estava presente desde os piores momentos, posso me orgulhar em dizer que fui um dos que vestiram a camisa 12 e ajudaram na retomada do orgulho de ser Rubro-Negro.